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Açúcar para crianças: por que não dar antes de 2 anos?

Ofertar açúcar precocemente, antes da criança completar 2 anos, proporciona um aumento de riscos de doenças na vida adulta como sobrepeso, obesidade, diabetes e cáries.

A alimentação saudável tem seu início com o aleitamento materno, que deve ir até 2 anos ou mais. O aleitamento materno precisa ir, pelo menos, até os seis meses, pois é natural e contém todos os componentes necessários para o bom desenvolvimento.

Frutas e bebidas, nesses primeiros 2 anos não podem ser adoçados, nem com açúcar branco, mascavo, cristal, demerara, mel, melado, dentre outros.

É indicado, também, que preparações que contenham açúcar não sejam ofertadas às crianças nesse período, como bolos, biscoitos e geleias.

O açúcar faz parte da grande maioria dos alimentos ultraprocessados, por isso, achocolatados, cereais matinais, balas, chicletes, pirulitos, dentre outros não devem ser ofertados porque alteram o exame de glicemia, quando realizado.

Mesmo que eles tenham uma identidade visual que mostre um bom desenvolvimento da criança, não é recomendável que os pais os tenham no cardápio infantil porque a quantidade de açúcar contido neles causam desfechos negativos para a saúde.

O consumo de açúcar antes de 2 anos é extremamente prejudicial e se administrados, desenvolvem diversas doenças na vida adulta e muitas vezes, doenças crônicas já começam a surgir desde a infância.

Alimentos com alto teor de açúcar apresentam um padrão alimentar de baixa qualidade e a composição nutricional é desbalanceada, o que pode levar ao ganho excessivo de peso, aparecimento de placa bacteriana e cáries nos dentes.

Sem contar o fato de que a presença do sabor doce no período infantil contribui para que o paladar peça por mais açúcar à frente, tornando sofrido quando a criança visita o dentista e não consegue ficar tranquila na cadeira odontologica.

Fique sempre de olho nos rótulos dos alimentos para saber a quantidade de açúcar ou outros componentes que possam fazer mal a saúde da criança, principalmente antes de 2 anos.

Visto que a formação da criança começa na desde quando ela está no útero e é nesse local que ela começa adquirir os primeiros hábitos alimentares, baseados nos alimentos consumidos pela mãe e o paladar começa a ser formado.

Portanto, aqueles doces por encomenda tão desejados podem ser substituídos por salada de frutas ou sucos naturais. 

Os primeiros dois anos são muito importantes, pois é o período em que se desenvolve todo o sistema nervoso e cognitivo e nesse desenvolvimento a formação do paladar está incluso.

Oferecer açúcar nesse período faz com que a criança tenha dificuldade em aceitar outros alimentos como verduras e legumes, além de não preparar o paladar para as sensações do amargo ou azedo, por exemplo.

Riscos do consumo de açúcar antecipado

Crianças antes dos dois anos não devem consumir açúcar nem sal, pois eles estão associados a doenças crônicas e nessa fase de formação do paladar pode parecer que a comida esteja sem gosto, mas não está.

Quando a criança cospe a papinha no prato, não é porque ela não está gostando da comida e sim porque está aprendendo a mastigar e mexer a boquinha.

Isso é muito bom e evita que mais tarde seja necessário ir a uma clinica fonoaudiologia em virtude de problemas que possam surgir.

Listamos algumas doenças pelo uso do açúcar que causam riscos à saúde, tais como:

  • Obesidade;
  • Diabetes;
  • Hipertensão;
  • Problemas cardiovasculares.

Portanto, as mamães devem saber que não é necessário colocar açúcar nas papinhas. Elas não estão sem gosto para o paladar dos bebês. Outra observação importante é não oferecer sucos naturais de frutas, também.

Nesses sucos geralmente é usado mais que uma fruta e a criança não consegue comer e isso elimina a ingestão de fibras provocando o consumo excessivo de calorias.

Nesse período apenas o leite materno e água e de preferência inserir as frutas apenas no consumo de papinhas naturais.

É importante salientar que o açúcar cresce rapidamente no sangue quando ingerido e o corpo libera insulina. A queda da taxa de açúcar no sangue libera hormônios como o cortisol e a adrenalina e isso interfere na qualidade do sono.

O consumo excessivo de açúcar além de levar à diabetes, pode causar problemas circulatórios, oculares, deficiência de cicatrização, perda de sensibilidade nas extremidades e lesões nos rins, cérebro e olhos.

Por essa razão, na compra dos alimentos em supermercados é sempre interessante observar os rótulos para saber exatamente a quantidade de açúcar contida neles para que a dieta alimentar seja mais saudável para as crianças.

Quais tipos de açúcar escondidos nos alimentos

Alguns tipos de açúcar ficam escondidos nos alimentos pois possuem uma nomenclatura desconhecida, que a maioria das pessoas não está acostumada. 

Não é ilegal o uso deles, mas pode causar confusão no controle da ingestão para as crianças. São deles, são:

  • Dextrose;
  • Frutose;
  • Dextrina;
  • Sacarose;
  • Xarope de milho;
  • Açúcar invertido;
  • Maltose.

Não existe açúcar saudável, pois todos eles aumentam rapidamente as taxas de glicose no sangue. 

Porém, alguns tipos são mais recomendados que outros, sempre observando a quantidade a ser utilizada, sem exageros. São eles:

  • Açúcar Mascavo;
  • Açúcar de Coco;
  • Açúcar Demerara;
  • Açúcar light.

Esses tipos, citados acima, normalmente trazem vitaminas e minerais em sua composição. Ao contrário dos brancos, como cristal, de confeiteiro ou refinado, que não possuem nutrientes e são bastante calóricos.

Isso significa que nem mesmo eles devem ser utilizados na alimentação das crianças antes dos dois anos de idade, tudo o que elas realmente precisam está no leite materno. 

Nem mesmo o mel deve ser usado para adoçar alimentos para os bebês. Ele ainda é açúcar e causa malefícios à saúde se for usado em excesso caso exista a intenção de melhorar a papinha da criança.

A recomendação de que não se utilize açúcar antes dos dois anos de idade é um hábito que deve ser cortado desde o início, se os pais prestarem atenção na qualidade dos alimentos fornecidos aos filhos.

Uma boa alimentação pode mudar positivamente muitos aspectos da saúde a longo prazo. Portanto é fundamental cuidar do que é colocado no prato na hora de comer.

Os microorganismos que provocam a cárie, quando é ingerida uma grande quantidade de açúcar, podem se proliferar nesse ambiente repleto de glicose, por exemplo. 

Lembrando que não devemos eliminar a ingestão de produtos açucarados, mas é totalmente possível treinar o paladar das crianças para outros sabores.

Caso os pais precisem colocar seus filhos no ensino fundamental particular ou público, é interessante conversar com a nutricionista para verificar qual o tipo de alimentação que será fornecida no lanche ou almoço, para evitar problemas futuros.

Sabemos que as chances de problemas cardiovasculares aumentam quando as taxas de colesterol ficam alteradas. 

Sendo assim, o melhor é consumir açúcar de forma moderada para que não leve a problemas como prisão de ventre, acne, gastrite, miopia e trombose.

Será sempre mais adequado não causar o vício no consumo de açúcar desde cedo. Tome uma atitude quando for comprar doces por encomenda e coloque no lugar dos doces, as frutas, de maneira que não percebam.

Especialistas do mundo inteiro tentam obstinadamente fiscalizar as indústrias tentando reduzir o uso do açúcar nos produtos, focando principalmente nos pequenos que podem desenvolver doenças a curto e longo prazo.

Por isso, a Associação Americana do Coração, uma das mais respeitadas, sempre recomenda a diminuição da ingestão de açúcar entre as crianças.

Afinal, nenhum pai gostaria de ver que seu filho não pode brincar com regador de plantas infantil pelo fato de possuir um problema de visão provocado pelo açúcar.

Para as crianças que ainda não completaram dois anos, a associação americana recomenda que não seja dado nenhum alimento ou refeição com açúcar adicionado e vale tanto para o tipo refinado ou para o mel e a frutose.

Portanto, a melhor forma é oferecer frutas, vegetais, grãos integrais, carnes magras dentre outras opções mais saudáveis.

Isso porque nos dois primeiros anos de vida a necessidade do consumo diário de calorias é menor do que em crianças maiores e adultos.

Nessa faixa etária, o cardápio dos pequenos deve conter ingredientes que vão contribuir para o desenvolvimento infantil, nunca esquecendo do aleitamento materno pelo menos até os seis meses.

Alimentos in natura e preparar refeições com temperos naturais é a melhor forma de fazer com que a criançada goste do que está comendo desde cedo, aprendendo a reconhecer aquilo que é saudável.

Portanto, mamães prestem atenção, enquanto estiverem descansando em seus jardins verticais, aproveitem para elaborar uma lista de refeições saudáveis e garantam o crescimento adequado dos pequenos. 

Considerações finais

Sendo assim, o consumo excessivo de açúcar desenvolve no futuro diversas doenças, principalmente se forem utilizados em crianças que ainda não completaram 2 anos de vida. 

Os riscos à saúde são muito grandes e afetarão o desenvolvimento dos pequeninos a curto e longo prazo.

Portanto, leite materno até os seis meses ou se possível ainda mais, cria imunidade adequada, pois é a refeição principal nesse período, contendo todos os nutrientes necessários à criança.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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