O que é CVI e qual a sua importância para quem pretende levar um cachorro para Portugal?

O Certificado Veterinário Internacional (CVI) é um documento obrigatório para quem deseja viajar com animais de estimação, como cães e gatos, para outros países. Ele é emitido por autoridades veterinárias oficiais e garante que o animal cumpre os requisitos sanitários e de saúde estabelecidos pelo país de destino. Embora muitos proprietários de pets não tenham conhecimento da complexidade por trás desse processo, o CVI é uma peça crucial para assegurar uma viagem tranquila e sem surpresas desagradáveis.
O CVI comprova que o animal de estimação está saudável e que todas as vacinas necessárias foram administradas, além de cumprir outras exigências sanitárias, como a ausência de parasitas e a realização de exames específicos. Esse documento é exigido por diversos países e deve ser obtido com antecedência para evitar problemas no momento da viagem.
Qual a importância do CVI para quem vai viajar para Portugal?
Para quem pretende levar cachorro para Portugal, por exemplo, o CVI é indispensável. O país tem regras rigorosas quanto à entrada de animais, e o descumprimento pode resultar em impedimentos no embarque ou, em casos extremos, na recusa de entrada do pet no território português. Essa documentação não é apenas um formalismo, mas sim uma forma de garantir que o animal está apto para viajar e que não representa um risco para a saúde pública do país de destino.
A emissão do CVI envolve alguns procedimentos que podem variar de acordo com o país para onde o animal está sendo levado. No entanto, existem passos comuns que devem ser seguidos em praticamente todos os casos. Primeiro, é necessário que o animal esteja com todas as vacinas em dia, especialmente a vacina antirrábica. A aplicação da vacina deve ocorrer pelo menos 21 dias antes da viagem, em muitos casos. Além disso, alguns países exigem que o pet passe por exames sorológicos para garantir que ele não seja portador de doenças graves.
Outro ponto importante do CVI é que ele atesta a realização de tratamentos contra parasitas, como vermífugos e antipulgas. Esses tratamentos devem ser administrados por um médico veterinário e devem estar devidamente registrados no certificado. Sem esses dados, o documento pode ser invalidado, o que inviabiliza a viagem.
Em termos práticos, é fundamental planejar a obtenção do CVI com bastante antecedência. Isso porque alguns dos requisitos, como exames de sangue e certificação das vacinas, podem demandar tempo. Muitos países também possuem um prazo específico para a validade do CVI, geralmente de até dez dias antes da data da viagem. Isso significa que o proprietário do animal precisa estar atento às datas para que todo o processo ocorra sem problemas.
Os donos que pretendem levar cachorro para Portugal precisam estar ainda mais atentos às normas, uma vez que o país europeu possui um rigor sanitário significativo. Entre as exigências, destaca-se a necessidade do microchip, que é um dispositivo implantado sob a pele do animal contendo informações de identificação. Esse chip deve ser compatível com o padrão ISO, o que facilita a leitura nos aeroportos e pontos de entrada no país.
No Brasil, a emissão do CVI é feita pelos Serviços Veterinários Oficiais, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Para iniciar o processo, o proprietário do animal deve agendar uma consulta com um médico veterinário credenciado, que fará toda a avaliação necessária para verificar a saúde do animal e o cumprimento das exigências internacionais. Após essa etapa, o pedido é encaminhado ao MAPA, que faz a emissão do CVI.
No contexto das viagens internacionais com animais de estimação, o CVI não apenas garante que o animal esteja apto a viajar, mas também evita inconvenientes que podem surgir no embarque ou na chegada ao destino. Países como Portugal, por exemplo, têm sistemas de fiscalização rigorosos, e a falta de documentação pode resultar no retorno imediato do pet ao país de origem ou em longas quarentenas até que os requisitos sejam cumpridos.
O planejamento antecipado é, sem dúvida, uma das dicas mais importantes para quem deseja viajar com animais de estimação. Além de garantir que todo o processo de obtenção do CVI seja cumprido sem estresse, a antecedência permite que o proprietário tenha tempo para lidar com imprevistos, como a necessidade de vacinas adicionais ou o tratamento de condições de saúde detectadas durante os exames.
Outro fator relevante é o transporte do animal. Cada companhia aérea tem suas próprias regras para o transporte de animais, e é fundamental que o proprietário verifique essas informações com antecedência. Algumas empresas permitem que pequenos cães e gatos viajem na cabine, enquanto outras exigem que eles sejam transportados no porão, em compartimentos especiais. A reserva antecipada também é essencial, pois o número de animais permitidos em cada voo é limitado.
Uma dica prática que muitos viajantes desconhecem é o uso de caixas de transporte homologadas. Para que o animal seja aceito na viagem, a caixa de transporte deve seguir as normas de tamanho e ventilação estabelecidas pelas companhias aéreas. Além disso, é recomendável que o pet se acostume com a caixa antes da viagem, para que ele se sinta mais confortável e seguro durante o trajeto.
A alimentação e a hidratação do animal também devem ser planejadas cuidadosamente. Algumas horas antes do voo, é indicado alimentar o animal com uma refeição leve e garantir que ele tenha acesso a água. No entanto, muitos especialistas recomendam que não se alimente o animal pouco antes do voo, para evitar enjoos ou desconfortos durante o transporte. Levar brinquedos e mantas que o animal esteja acostumado também pode ajudar a tornar a viagem mais agradável.
Para quem está levando cachorro para Portugal, é importante estar ciente das exigências do país em relação à entrada de raças específicas. Algumas raças de cães, consideradas potencialmente perigosas, têm restrições para a entrada no país. Antes de viajar, é imprescindível verificar se a raça do seu cachorro está entre aquelas permitidas em Portugal. Caso contrário, pode ser necessário obter permissões adicionais ou até mesmo considerar outro destino.
Outras dicas importantes
Além do CVI, o microchip mencionado anteriormente é outro aspecto essencial. No Brasil, a implantação de microchips ainda não é obrigatória, mas, para viagens internacionais, especialmente para a União Europeia, essa exigência é padrão. O microchip contém um número exclusivo que é registrado em um banco de dados internacional, facilitando a identificação do animal caso ele se perca ou precise de atendimento veterinário no exterior.
Os proprietários que estão planejando viagens internacionais com seus pets também devem se atentar ao fato de que, em alguns países, pode haver exigências adicionais relacionadas à quarentena. Embora muitos países da União Europeia, como Portugal, não exijam mais quarentena para animais vindos do Brasil que estejam devidamente documentados, ainda é possível que essa exigência exista em outros destinos. Por isso, é importante estar bem informado sobre as regras do país de destino e do país de escala, caso haja uma conexão em outra nação.
Por fim, a importância do CVI vai além da mera formalidade. Ele é um documento essencial para garantir que o animal esteja saudável e pronto para a viagem, protegendo tanto o pet quanto os seres humanos e outros animais do país de destino. Para garantir uma experiência tranquila, os donos devem sempre planejar a viagem com antecedência, cumprir todos os requisitos e contar com o apoio de profissionais qualificados para a obtenção da documentação correta.
A obtenção do CVI e o cumprimento de todos os requisitos de saúde para o seu animal de estimação não só asseguram uma viagem segura e sem imprevistos, mas também demonstram responsabilidade como proprietário. Afinal, viajar com pets envolve mais do que apenas escolher um destino; trata-se de garantir o bem-estar do animal em todas as etapas da jornada.