O mercado de trabalho tem passado por uma série de mudanças, e esses fatores interferem, inclusive, nas dinâmicas trabalhistas. Dentre suas principais tendências, é possível encontrar a Cultura Officeless.
Não é de hoje que as relações de trabalho tem sido atualizadas para novas dinâmicas e ligações.
Afinal de contas, sempre surgem e vão continuar surgindo uma série de demandas dos trabalhadores e também das empresas.
Se por um lado a jornada de trabalho tem sido cada vez mais flexível representando uma melhoria de qualidade de vida, por outro, as empresas conseguem se beneficiar da produtividade e satisfação que elas podem causar.
Essa via de mão dupla está fundamentada, sobretudo, nas facilidades e mudanças de paradigma que o ambiente digital propiciou.
Por exemplo, uma gráfica andradina pode contratar um design de qualquer parte do Brasil para efetuar um determinado serviço.
Se não há mais porque manter as relações de trabalho no formato presencial, possibilita-se a contratação dos melhores funcionários em suas áreas, independente de localização.
Há, nesse sentido, uma série de benefícios para as empresas que adotam esse modelo mais flexível de trabalhos.
Contudo, é preciso que algumas questões sejam levantadas para entender se há ou não a possibilidade de adotá-lo:
- Entender a natureza do trabalho;
- Política de equipamentos;
- Localização dos funcionários;
- Dinâmicas grupais.
Esses são alguns critérios que precisam ser levados em consideração na hora da implementação dessa estratégia.
O primeiro ponto essencial é entender a natureza que aquela empresa possui com relação ao seu trabalho.
Afinal de contas, uma fábrica de calandra em tubo não conseguiria modificar a dinâmica de trabalho para a sua produção.
Ou seja, existe uma série de trabalhos que precisam ser feitos a partir de uma perspectiva presencial.
Outro ponto fundamental é entender se a empresa possui equipamento suficiente para que se possa incorrer nesse tipo de estratégia.
Ou seja, se todos os funcionários conseguirão ser contemplados por uma infraestrutura mínima para que a produtividade não seja prejudicada.
Nesse sentido, é possível que a empresa envie para os colaboradores uma pasta executiva porta notebook personalizada, como um kit de home office.
Entender, também, onde cada funcionário reside é muito importante para entender se essa dinâmica é uma necessidade ou não.
Se a empresa verificar que alguns colaboradores demoram muito tempo para chegarem no trabalho, é importante que esses modelos remotos sejam considerados.
Inclusive, esse tipo de perspectiva pode acabar abrindo algumas portas para diversos talentos por todo o país.
Por fim, avaliar as dinâmicas dos grupos presentes é muito importante. Afinal de contas, se não houver como produzir a partir da adoção dessas dinâmicas, isso pode acabar prejudicando a empresa.
O que é cultura officeless?
A partir das diversas dinâmicas de trabalho que apareceram no último período, algumas ferramentas surgiram para facilitar essas culturas.
Afinal de contas, com o advento da pandemia se tornou muito comum que as empresas começassem a pensar no modelo home office.
Por exemplo, pelas redes sociais profissionais era muito fácil encontrar alguns amigos que receberam alguma nécessaire brindes, equipamentos digitais ou squeeze com o logo de sua empresa para conseguir se integrar.
Ou seja, essa é uma lógica que tem ganhado cada vez mais adeptos. Contudo, essa não é a única modalidade.
Diante disso, a cultura officeless surge como uma dessas perspectivas que vão moldar o mercado.
Essa estratégia está relacionada a uma dinâmica de trabalhos sem escritórios, mas não necessariamente em casa.
Há, nesse sentido, uma ideia de busca pelo ambiente mais confortável para que o funcionário exerça suas tarefas.
Isso pode ser em casa, em uma cafeteria, uma livraria ou até mesmo de forma opcional no escritório.
Existe, portanto, a possibilidade do funcionário escolher onde e como ele vai trabalhar para a empresa.
Uma loja que vende móveis luxo de forma online, por exemplo, pode manter a parte de vendas diante dessa técnica, uma vez que todos os aspectos do serviço funcionam de forma remota.
Para que isso ocorra de forma saudável, são necessários que três pilares sejam levados em consideração.
Propósito
O propósito diz respeito ao objetivo que as funções dos trabalhadores terão. Ou seja, há um porquê daquelas atribuições terem sido aplicadas.
Nesse sentido, deixa de importar a localização ou o tempo em que o funcionário trabalha, e o que passa a ser analisado é o seu resultado.
Se uma empresa que faz limpeza de piso de ardósia tiver um suporte técnico nessas condições, o que vai medir se aquele serviço está sendo bem-feito não será mais uma supervisão dura, mas sim, numérica baseada na entrega de resultados.
Confiança
O bom funcionamento da cultura officeless só é possível a partir de uma confiança mútua entre empresa e colaboradores. Ou seja, é necessário que haja uma cumplicidade no sentido de gerar bons resultados.
É muito comum que algumas empresas tenham receio de deixar os seus funcionários nessa situação.
Contudo, essas dinâmicas têm se mostrado muito vantajosas para todos que buscam assumí-la.
Autonomia
É preciso que haja autonomia para que todos consigam exercer suas funções de forma objetiva.
A equipe de design, por exemplo, de uma fábrica que confecciona camiseta de academia personalizada pode produzir essas peças no momento em que achar mais adequado.
Essa perspectiva se dá, sobretudo, se essa equipe de funcionários tiver a capacidade de respeitar os deadlines e prazos.
Officeless ou home office: entenda a diferença
É certo que as duas práticas podem ser muito confundidas pelo seu caráter remoto e sem escritório.
Contudo, o home office é um regime de trabalho que tem uma perspectiva mais rígida frente ao mercado.
Ou seja, nesse caso existe uma ideia de um regime trabalhista que possui algumas regras empresariais de escritório, só que dessa vez transposta para casa.
No caso da cultura officeless, o ponto central é, justamente, a flexibilização da idéia de escritório.
Contudo, um fato sobre os dois modelos é importante de ser ressaltado, afinal, cada vez mais, essas são perspectivas que estão gerando frutos no mercado.
Sendo assim, tanto o home office quanto a cultura officeless tem apontado para o futuro das relações trabalhistas. E ambos modelos possuem diversos benefícios para a empresa e para o trabalhador.
3 benefícios da cultura officeless
Para a implementação da ideia de cultura officeless na empresa é necessário compreender quais são os seus benefícios.
É certo que há um número muito grande de vantagens ao assumir essa cultura, mas algumas delas se destacam.
Retenção de talentos
O número de talentos dentro de uma empresa pode significar a otimização de sua produção em diversas áreas.
Portanto, retê-los tem que ser uma perspectiva de muita importância, uma vez que o mercado, ao reconhecer esses talentos pode acabar assediando esses funcionários para a sua contratação.
Nesse sentido, essa dinâmica mais flexível pode ser um fator determinante para que aquela equipe não seja desfalcada.
Aumento da produtividade
Uma equipe satisfeita, gera melhores resultados e precisa ser considerada nos seus aspectos mais subjetivos.
Se, porventura, uma empresa oferece uma série de benefícios para os seus funcionários, é provável que eles fiquem satisfeitos.
Essa postura, por sua vez, pode refletir em uma série de medidas que impactarão de forma positiva na produtividade.
Integração com a equipe
Diferente do home office, a cultura officeless pode permitir uma série de integrações com a equipe.
Nessa modalidade existe uma variedade de situações que podem efetuar uma troca direta ou indireta com os membros de uma empresa.
Seja através de coworking ou, em outra medida, a partir de dinâmicas digitais em horários alternativos.
Considerações finais
Existe uma série de medidas que o mercado tem elaborado para que as relações trabalhistas sejam suavizadas.
Diante disso, o home office tem surgido como uma tendência quase que inquestionável para as empresas.
Contudo, outros pontos mais específicos têm ganhado notoriedade e, em grande medida, eles podem até rivalizar com a ideia de home office.
A cultura officeless é uma delas. A partir de alguns pilares fundamentais, ela torna possível uma flexibilização ainda maior dos horários da produtividades.
Com base no propósito, por exemplo, é possível definir metas e objetivos a serem alcançados sem necessariamente haver uma imposição de horários.
Para que isso ocorra, é importante que haja uma confiança mútua entre empresa e funcionário.
O último ponto dessa equação é justamente a garantia de autonomia que a equipe precisa ter para exercer as suas funções de uma forma flexível.
Contudo, é necessário argumentar sobre alguns benefícios que essas práticas podem trazer para o ambiente de trabalho.
A retenção de talentos pode ser, em grande medida, uma questão muito benéfica para quem assume essa postura.
Outro ponto que esse tipo de implementação pode trazer é, justamente, o aumento da produtividade.
Isso se dá por conta da satisfação que aquela equipe pode passar a ter frente às medidas que a empresa tomou para flexibilizar o trabalho.
Por fim, essa perspectiva pode garantir uma integração da equipe, uma vez que, diferente do home office, é possível aplicar alguns mecanismos de interação pessoal com aquela equipe.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
